Estou exausto De tentativas frustadas, Farto que a noite se abata Sobre mim, pesada, E me impeça de dormir...
Sou agora mais um De vós, culto nocturno De furtivos vultos Que respiram trevas E caminham ao luar, Sem destino algum Que olhos mortais Possam admirar...
Revele-se então O vosso império de escuridão Onde os banidos da luz, Libertos de sono Possam finalmente descansar!
Sou eu, Apenas eu, Nenhum bem material Nem algo que se possa comparar, Avaliar, penhorar, mostrar ou invejar...
Nenhuma medida de sucesso Nem de tempo bem gasto...
Enquanto a cidade me devora Com o seu ritmo corroído De monótonas danças mortas, Enquanto o ruído Ocupa o meu lugar Que este seja o meu grito, Surdo aos ouvidos de quem o ouve Mas alto o suficiente Para não ser esquecido...