domingo, maio 29, 2005

Tempo

Há quanto tempo
Não encontro um momento
Abandonado em puro silêncio...

Encontro todos os meus segundos poluídos,
Destruídos pela voraz vontade humana
De esconder tudo sob uma manta de ruído
Para que nada mais seja ouvido
Senão os seus próprios gritos...

sábado, maio 07, 2005

Eu?

O que consigo eu
Senão um mundo de miragens?

Alguma vez vão existir?

Como te peço para esperar
Por mim
Quando até eu espero,
Sem saber pelo quê?

Vim de tão longe
E nunca estive tão perto
De pensar que nunca cheguei a lado nenhum...

Não sou mais que uma tentativa de ser
Mais do que alguma vez fui
Sem nunca ter sido nada...

sexta-feira, maio 06, 2005

Ruído

Já não sei quem sou
Nem o que se passou
Que me afastou de mim...

Resido num ruído sem fim,
Numa realidade alterada,
Eternamente violada
Pela vontade humana...

No meu barulhento silêncio
Assisto ao desfazer do meu mundo
Já pouco resta para além deste absimo profundo...