domingo, outubro 16, 2005

Noite

A fétida noite alastra,
Como uma praga mortal,
Náusea infernal
De luxúria e podridão...

Provo mais um pouco
Deste doce canto sombrio
Longe desses esgotos
Que o rato Homem construiu...

Sou de novo um mero ninguém
Que observa sem entender
Este doente apodrecer
De uma outra noite...

sábado, outubro 08, 2005

Sombra Lunar

Após todas estas luas
Que devorei enquanto sombra
Furtivo entre o leve passar das horas
E escondido entre os pesadelos esquecidos
Sou agora um ténue corpo
Projectado pela sua sombra,
Iluminado por este luar...