segunda-feira, agosto 29, 2005

Vermes

Não temas esses vermes,
Almas danadas
Do outro lado do mundo,
Portadores de tamanha miséria
Que apodrece no seu sangue
E corrompe quem os acolhe...

A nossa vitória
Não será ganha em guerra alguma
Nem em pragas rogadas à praga em si,
Pois um dia
Todos seremos apenas um
Mais forte que a pestilenta doença...

A derradeira justiça pode tardar...
Mas será feita!

domingo, agosto 21, 2005

Férias

Em paragens longínquas,
Muito além do monótono horizonte
Que limita esta minha planície infinita
Caminhei por estradas apenas imaginadas,
Devorei momentos há tanto ansiados
E persegui as imagens evadidas
Da minha mente, aqui reais!

Fomos nós
Que descobrimos
O mundo escondido
Debaixo deste brilhante luar,
Protegido pela calma maré,
E gravado no imenso areal
Que dá forma aos sonhos!

Encontra um recanto para guardar
A imagem deste derradeiro Sol,
Pois desaparece para só voltar
A brilhar na nossa mente...

segunda-feira, agosto 08, 2005

S Y M D R O M

Homens banais
Elevados acima da sua condição normal!

Por esta noite foram deuses,
Possuidores da música
Perfeita, sem interrupção
Nem cansaço ou rendição!

Foram deuses
Que gritaram alto,
Alto, para todos sentirem
O poder do mortal renascido,
Alto, até o céu chorar
E o inferno tremer
Ao som destes mortais!

sábado, agosto 06, 2005

Numa noite

Em breve
Caminharei nas trevas
Em busca desta morta
Natureza humana,
Da qual fui desterrado...

Por apenas uma noite
Serei apenas outro de vós,
Vis mentes mortais
Que saciam a sua sede de sonhos
Em mais um sorvo de luar...

Consumam esta lua
No vosso tenebroso frenesim,
Até à última gota,
Ou até encontrarem o fim
Da vossa sede imortal...