sexta-feira, julho 21, 2006

Eterno firmamento

Lá em cima, o firmamento eterno
Está vazio como a minh alma,
As estrelas, fartas de brilhar
Abdicaram de todo o universo...

Restam os vultos, caminhantes incertos
Abandonados à sua sorte
Debaixo deste macabro horizonte
Tão negro quanto a mais negra morte.

Sim, os vultos e eu
Apenas podemos esperar
Que o vazio no céu
Não pese tanto
Quanto aquele
Que nos enche!
Pois, se pesar,
Esta noite não termina
Sem que o infinito ceda
E acabe por nos esmagar!