sábado, julho 09, 2005

O meu grito

Sou eu,
Apenas eu,
Nenhum bem material
Nem algo que se possa comparar,
Avaliar, penhorar, mostrar ou invejar...

Nenhuma medida de sucesso
Nem de tempo bem gasto...

Enquanto a cidade me devora
Com o seu ritmo corroído
De monótonas danças mortas,
Enquanto o ruído
Ocupa o meu lugar
Que este seja o meu grito,
Surdo aos ouvidos de quem o ouve
Mas alto o suficiente
Para não ser esquecido...