domingo, abril 10, 2005

E agora?

Agora, nesta ruidosa existência
Não encontro mais do que demência
Das entidades que me rodeiam...

Alguns,
Deambulando pela inscosciência,
Vivem uma prolongada infância
Pela falta de vontade,
Pela incapacidade
De crescer...

Outros,
Sem esforço aparente
Saltam os obstáculos à sua frente
E sem perder equílibrio deliram
Ao som dos outros,
Neste eterno recreio...

E eu,
No fogo cruzado
Entre incapacitados
E sobredotados,
Unidos pelo ruido
Que me impede de descansar...

Ja nem os sonhos
Que habitavam a minha mente
Têm vontade de se manifestar,
De me guiar...

Só penso em fugir,
Todos os minutos que
Sou obrigado a ouvir
Os risos deste inferno,
Fugir,
Para longe,
Para perto,
Para onde eles não cheguem,
Para onde tu me queiras levar,
Para o nosso sonho especial,
Para outro sítio banal...

Para onde quer que seja,
Contigo!